quarta-feira, 15 de setembro de 2010



Como no fim de um livro, tudo acabou.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010


O Adeus
“E essa fora a última vez entre tantas que eu não disse adeus, não disse nada...”.
Éramos tão mais novos, inocentes, puros, sonhadores... Vivíamos lamentando dores que não sentíamos ou, ainda não tínhamos sentido. Os dias eram mais curtos e menos mórbidos. Os sorrisos não eram motivos de desconfiança por ambas das partes. O choro não era a mágoa guardada em nossos peitos. As palavras não feriam tanto. Mas... Por que mudamos, por que crescemos, por que sentimos algo que não podemos explicar?
Eu era um bom rapaz, com sentimentos puros e que assistia à sua história de perto, mas de fora. Eu vivia vidrado no seu canal, chorava a cada cena em que você sofria, mas sempre estava lá com meus ombros e braços ao seu dispor. Aquilo era tortuoso, mas ainda sim eu era feliz.
Você era uma garota solitária, ainda não sabia o que era ser feliz. Presa num amor platônico não olhou para os lados, e não olhou em meus olhos quando chorou, quando me abraçou. Se tivesse olhado, não terias dúvida de tudo que sentia. E, quando eu lhe alcancei perto do fim do poço já era tarde, alguém melhor e mais forte do que eu, com cordas mais resistentes à primeira vista, já estava lá. Estranhamente, você após segurar aquela corda com muita força quis solta-la, quis vir para mim. Mas, por quê? Quais os motivos reais dessa loucura?
Eu, encantado com essa luta, joguei toda a corda que poderia dar sem medir as conseqüências. De repente, você solta a corda de uma maneira bruta, arrogante e misteriosa e me deixa ali; Desolado. Eu procurava respostas para tanto, por que ela faria isso, será que não sou forte o suficiente? Mas uma hora eu pude enxergar: Você é quem era e é fraca. Não agüentaria alguém tão bom lhe ajudando, que se a corda quebrasse a pressão iria ser enorme sobre ti.
Quando tu quiseste voltar para mim, já era tarde, nada mais poderia ser dito. Você fez as suas escolhas, optou por algo não sólido, algo que você não poderia confiar como confiou, e deixando para traz o que lhe dei.
Ali naquele instante não sabia o que fazer ou dizer; Como dizer adeus a alguém que nunca imaginou viver sem? Na verdade, eu não disse adeus, eu não disse nada. Apenas fui embora.